13.7.06

Dia 8 - parte 3



Um pouco mais de parque Julia Pfeiffer... e também do parque de Los Lobos...
Aqui, as árvores lembram aquelas do filme "A lenda do cavaleiro sem cabeça"...



Sombrio...










Árvores retorcidas... só faltam se mexer!


Essa aqui parece um bonsai gigantesco...

Depois, de volta à estrada até Carmel By the Sea. Lugarejo de uns 5 mil habitantes que já teve como prefeito Clint Eastwood, sim, ele mesmo, o implacável Dirty Harry e o maldito William Munny, do Missouri ("Os imperdoáveis")...

Depois dele, a cidade ficou impraticável para turistas menos abastados. Tudo é muito, mas muito caro. Percorremos a cidade à noite, olhamos umas vitrines e uns restaurantes (tudo muito bonito, e besta). Nâo tem bar nesse lugar!!!

O jeito é seguir em direção a Monterrey e passar a noite num hotelzinho simpático e barato: Surf Inn (USD 45) o pernoite. Como disse para a Fernanda: "Motel com esse nome (Surf) só pode ser para gente dura!"

Dia 8 - parte 2

É, não acabou não. Ainda tínhamos muita estrada pela frente...




Parque Julia Pfeiffer causa fortes emoções. Palavras da Fernanda: "Esse é o lugar mais bonito que já vi na minha vida!"

Alguém duvida?

Ao centro, o "cipreste solitário"

Dia 8


Esse dia foi realmente especial. Amanheceu esquisito. O fog não nos deixou ver Morro Rock, embora tenhamos enrolado em Morro Bay até umas 10h, 10h30m. Acho que essa enroladinha nos ajudou demais no que viria a seguir.
Seguimos para o Norte na rodovia Califórnia 1 ou Interestate 101, sem dúvida alguma, a estrada com as paisagens mais bonitas que vi em toda a minha vida. É uma espécie de Avenida Niemeyer de 160 quilômetros de extensão. O trecho denominado Big Sur é simplesmente fabuloso. O mar de um lado, rochedos, escarpas e árvores do outro. E a estrada bem no meio de tudo, lisa como um tapete, com diversos pontos de observação. É uma obra feita, creio eu, exclusivamente para contemplação. Com o sol que fez naquele 17 de maio, então, é de arrepiar...

Logo em nossa primeira parada, sofremos com "o ataque dos esquilos assassinos". Num mirante, três roedores não nos deixaram em paz (queriam comida, por causa da lamentável mania que os turistas têm de jogar alimento pros bichinhos). Um deles, depois de devidamente afastado aos gritos da Fernanda, está logo atrás de nós. O outro está fuçando ao lado da pedra lá perto do carro...


É claro que durante a viagem o fog nos acompanhou. Aliás é algo impressionante: as nuvens surgem de repente, encobrem tudo e, sem mais nem menos, desaparecem e o sol volta a brilhar. Por causa do fog e de uma trilha sonora sinistra, deu até para ficar com medo em alguns trechos da viagem. Explico: havia comprado um CD com trilhas sonoras de filmes de terror. Um deles, o mais soturno (pelo menos a trilha), é do filme "A profecia". Quando começava aquele canto gregoriano, o fog cobriu a estrada. A temperatura baixa numa velocidade incrível e o frio chega à espinha. Atendendo a um conselho meu, Fernanda retirou o CD e pôs algo mais palatável, como James Blunt (aquele do "you' re beautifull") e Audioslave ("Like a stone" e outras...)

Olha ele aí, o fog...