10.11.15

Monolake


Monolake, em Lee Vining. Um lugar diferente de quase tudo o que você já viu

Depois de percorrer as ruas empoeiradas de Bodie, paramos para comer algo, na Whoa Nellie Delli e, de lá, seguimos direto para conhecer as belezas de Monolake. Na verdade, toda a Lee Vining fica de frente para o famoso lago.  A questão, então, resume-se a visitar os melhores pontos com aquelas formações incomuns.

No centro de visitantes: obsidian (Minecraft total)

Lá dentro: explicações geológicas e curiosidades




























Sugerimos dois pontos: o primeiro, onde há um museu/centro de exposições. Pequeno, mas muitíssimo bem montado. Lá há fotos, exposições e material interativo para você desvendar um pouco da curiosa história do lago.

Índios habitavam o local em suas ocas

No mesmo lugar, há uma indicação dos melhores trechos para apreciar as tufas (cinco pontos no total), aquelas formações rochosas que parecem estalagmites. 
A melhor e maior de todas fica na US 395 em direção Sul. A entrada é meio escondida, foi difícil de achar, mas conseguimos com um pouco de paciência e perseverança (umas duas ou três tentativas).

Em cada placa, uma explicação

As tufas no local de maior concentração de formações 

O visual parece meio pós-apocalíptico















Chegando lá, estacionamos o carro e caminhamos pelo local, muito bem sinalizado, com placas indicativas e informativas sobre a geologia da região. Pena que o sol desapareceu e, no fim da visita, chegou a cair uma chuva fininha, mas nada que nos atrapalhasse.



A água do Monolake é salgadíssima. Seu teor de salinidade atinge cerca de 20%, enquanto o da água do mar gira em torno de 3,5%, na média. Só perde para o Mar Morto, com seus 30% de salinidade...
Mais uma vez não se esqueça de garrafinha de água e algo para comer.  Se estiver fazendo sol,  um boné e protetor solar também são de grande valia.



A história do lago é interessante: ele se formou a partir de uma erupção vulcânica há cerca de 800 mil anos. Até os anos 1940, ele tinha praticamente o dobro do volume líquido que apresenta hoje. A redução drástica ocorreu quando o poder público decidiu captar suas águas para abastecer Los Angeles. Com a redução do espelho d’água  as formações calcáreas (tufas) submersas ficaram à mostra, criando a paisagem incomum.

















Ali, o legal é percorrer as tufas e admirar a paisagem. Proliferam por ali mosquinhas esquisitas, só encontradas naquele lugar, que não incomodam ninguém. Ficam aos montes no solo, são muito pequenas e servem de alimento para as aves. Portanto, não precisa se preocupar. Aliás, a brincadeira predileta das crianças é correr em direção àquelas manchas pretas no chão e vê-las movendo-se como uma nuvem, pousando imediatamente no chão.