Monolake, em Lee Vining. Um lugar diferente de quase tudo o que você já viu |
Depois de percorrer as ruas empoeiradas de Bodie, paramos para
comer algo, na Whoa Nellie Delli e, de lá, seguimos direto para conhecer as
belezas de Monolake. Na verdade, toda a Lee Vining fica de frente para o famoso
lago. A questão, então, resume-se a
visitar os melhores pontos com aquelas formações incomuns.
No centro de visitantes: obsidian (Minecraft total) |
Lá dentro: explicações geológicas e curiosidades |
Sugerimos dois pontos: o primeiro, onde há um museu/centro de
exposições. Pequeno, mas muitíssimo bem montado. Lá há fotos, exposições e
material interativo para você desvendar um pouco da curiosa história do lago.
Índios habitavam o local em suas ocas |
No mesmo lugar, há uma indicação dos melhores trechos para
apreciar as tufas (cinco pontos no total), aquelas formações
rochosas que parecem estalagmites.
A melhor e maior de todas fica na US 395 em
direção Sul. A entrada é meio escondida, foi difícil de achar, mas conseguimos
com um pouco de paciência e perseverança (umas duas ou três tentativas).
Em cada placa, uma explicação |
As tufas no local de maior concentração de formações |
O visual parece meio pós-apocalíptico |
Chegando lá, estacionamos o carro e caminhamos pelo local,
muito bem sinalizado, com placas indicativas e informativas sobre a geologia da
região. Pena que o sol desapareceu e, no fim da visita, chegou a cair uma chuva
fininha, mas nada que nos atrapalhasse.
A água do Monolake é salgadíssima. Seu teor de salinidade atinge cerca de 20%, enquanto o da água do mar gira em torno de 3,5%, na média. Só
perde para o Mar Morto, com seus 30% de salinidade...
Mais uma vez não se esqueça de garrafinha de água e algo
para comer. Se estiver fazendo sol, um boné e protetor solar também são de grande
valia.
A história do lago é interessante: ele se formou a partir de uma erupção vulcânica há cerca de 800 mil
anos. Até os anos 1940, ele tinha praticamente o dobro do volume líquido que
apresenta hoje. A redução drástica ocorreu quando o poder público decidiu captar suas águas para abastecer Los Angeles. Com a redução
do espelho d’água as formações calcáreas
(tufas) submersas ficaram à mostra, criando a paisagem incomum.
Ali, o legal é percorrer as tufas e admirar a paisagem. Proliferam por ali mosquinhas esquisitas, só encontradas naquele lugar, que não incomodam ninguém. Ficam aos montes no solo, são muito pequenas e servem de alimento para as aves. Portanto,
não precisa se preocupar. Aliás, a brincadeira predileta das crianças é correr
em direção àquelas manchas pretas no chão e vê-las movendo-se como uma
nuvem, pousando imediatamente no chão.